Para acabar de vez com o tabu sobre eleições antecipadas, ou para tornar mais fácil culpar a oposição se a crise política chegar, Luís Montenegro deixou escrito na pedra: mesmo que o Orçamento do Estado do próximo ano (OE 2025) seja chumbado, o primeiro-ministro não se demite e está disposto a governar em duodécimos. Ou seja, está disposto a governar em 2025 com o Orçamento de 2024 desenhado por Fernando Medina e aprovado pela maioria absoluta de António Costa e ao qual um dia chamou “pipi, bem apresentadinho e muito betinho”.