O regresso da direita ao poder ao fim de quase uma década, a maioria parlamentar de direitas que saiu das legislativas de 10 de março e a publicação de dois livros multifacetados mas algo reacionários (“Identidade e Família”, mais plural, “Abril às Direitas”, mais antissistema) fizeram com que o espaço político ganhasse traços de batalha cultural, com as trincheiras capazes de fogo amigo e grande hostilidade entre si.
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“O regresso dos conservadores”, o derradeiro ensaio de Sebastião Bugalho antes de aceitar o convite da AD
O que está em causa no sector conservador português e no futuro da direita não são os valores a elevar como bandeira nem as leis a reverter como programa. O que esta irónica minoria social almeja não é a imposição de uma agenda conservadora, mas a preservação de um espaço de liberdade para se ser conservador. É esse espaço de liberdade que se sente sob ameaça