Política

Subsídio de risco para polícias e parte de verba para professores dispensa orçamento retificativo, garante Medina

Uma verba na ordem dos 154 milhões de euros para os polícias e 300 milhões de euros para os professores são “perfeitamente acomodáveis dentro do Orçamento deste ano sem ser preciso um orçamento retificativo”, disse à saída da reunião da Comissão Política do PS

Fernando Medina
Ana Baiao

O ainda ministro da Finanças e dirigente do PS, Fernando Medina, disse na madrugada desta sexta-feira, à saída da reunião da Comissão Política do partido, que uma verba na ordem dos 154 milhões de euros para os polícias e 300 milhões de euros para os professores sãoverbas perfeitamente acomodáveis dentro do Orçamento deste ano sem ser preciso um orçamento retificativo”, disse.

Contudo, Fernando Medina defendeu que é preciso ter em conta o “escalonamento” das medidas que “têm de ser vistas no seu conjunto” e para já não sabe o que defende a AD. “Mais importante que implicar ou não retificativo” é importante, disse, uma “solução que seja sustentável do ponto de vista das finanças públicas” e espera que o governo de Montenegro assegure a “sustentabilidade das finanças públicas”. “Cá estaremos para ver”, disse.

Em resposta aos jornalistas, o ainda ministro das Finanças foi dizendo que os orçamentos retificativos só existem “na circunstância de serem necessários” e só o serão se forem ultrapassados os tetos de despesa. E isso não sabe se serão ultrapassados porque desconhece as propostas de Luís Montenegro ou sequer o quer fazer. “Não sei quais as soluções que passam pela cabeça dos dirigentes da AD nem do futuro primeiro-ministro sobre um conjunto vasto de matérias, porque ele nada disse em campanha eleitorais, e ainda não disse como vai fazer”.

Contas certas "não devem ser delapidadas de forma rápida", diz Medina

Na sua mente está, frisou Medina, a necessidade de o futuro governo prosseguir com as políticas de contas certas. “É absolutamente essencial que se mantenha o rumo das contas certas que tem sido um ativo do país, que demorou muitos anos a construir. Não pode e não deve ser delapidado de forma rápida, num ápice, porque deixar Portugal numa situação mais adversa”, disse.