Foi a última vez que António Costa ficou na fotografia de família europeia no lugar que pertence a Portugal, entre o chanceler alemão e o primeiro-ministro esloveno. Sai antes do tempo, mas diz que o faz "sem mágoas" no plano europeu. "Devo confessar com alguma modéstia que saio até com algum orgulho a tentar relembrar como tudo começou há oito anos com muito ceticismo sobre a possibilidade de conseguirmos cumprir as regras europeias", disse na conferência de imprensa final.
Na passagem de pasta para Luís Montenegro, faz questão de mostrar que lhe deixa uma carta de recomendação. Nos últimos três dias que passou em Bruxelas, o primeiro-ministro cessante desdobrou-se em reuniões de despedida com responsáveis europeus a quem diz ter transmitido "a confiança que todos devem manter no país e nos que, democraticamente, os portugueses escolheram para governar". Os dois chegaram a combinar um café e a mostrar perante as câmaras a sintonia na defesa da estabilidade.