Já se sabe que os eleitores do Chega gostam da linguagem agressiva de André Ventura. Um estudante, de 19 anos, dizia ao Expresso, em Braga, que votará nele por ser quem tem “o discurso mais forte” e os jovens gostam disso. Mas a força dessa linguagem leva o líder da direita radical para uma contradição insanável: ele ambiciona ser chefiado, num futuro Governo de direita, por um Luís Montenegro a quem nos últimos cinco dias chamou “frouxo”, “idiota útil”, “pior do que o Melhoral do PS”, “voz de violoncelo”, “fraco a combater a corrupção”, que “levou um estalo de Passos Coelho”, e líder de uma coligação que é “um prostíbulo espanhol”, depois de ter classificado o PSD como “uma prostituta política”. A campanha do Chega é feita pela negativa para apelar, de forma assumida, ao “voto de protesto”.
Exclusivo
Ventura quer entrar para “o prostíbulo espanhol”
O líder do Chega quer aliar-se a um homem que insulta em público. Mas diz que, “por Portugal”, põe o “ego à parte”