A vitória da AD nos Açores, contra todos os dados e sondagens que os socialistas tinham (estavam convictos de que o PS ganhava, ainda que pudesse não ter maioria de esquerda), foi um “revés” na estratégia de campanha de Pedro Nuno Santos. De repente, o PS viu-se obrigado a dizer o que fará perante um governo minoritário do PSD — deixa-o governar ou deixa-o dependente do Chega? — e foi preciso recalibrar a narrativa. Mas se nos Açores o PS regional (que estava reunido à hora de fecho desta edição) está apostado em votar contra o governo minoritário de José Manuel Bolieiro, o mesmo pode não acontecer a nível nacional, onde o PS até pode deixar um governo de maioria relativa Luís Montenegro entrar em plenitude de funções, caso os socialistas fiquem em segundo e não houver maioria de esquerda. Tudo por cruzamento de vontades.
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Moções cruzadas: como Pedro Nuno pode viabilizar um governo da AD
PS pode deixar que governo de Montenegro entre em funções depois de eleições de março, mas ficará por resolver a governação, sobretudo no que diz respeito a orçamentos