A filha revolucionária de Rui Patrício, último ministro dos Negócios Estrangeiros da ditadura, escolheu um poema do seu bisavô – o poeta e diplomata António Patrício – para evocar a morte do pai. Fê-lo na rede social que a liga ao mundo de que se resguarda pela aspereza dos tratamentos que está a fazer.
Exclusivo
Neto de poeta, filho de diplomata, pai de uma apoiante de Lula, morreu Rui Patrício, o último MNE do Estado Novo
Saiu de Portugal depois da Revolução de Abril e instalou-se no Rio de Janeiro em 1976. Teve um exílio bem-sucedido, pode-se dizer que feliz, mas defendeu sempre, convictamente, a política externa do Estado Novo. Tem uma filha apoiante do Partido dos Trabalhadores e foi testemunha de um colega de faculdade militante do Partido Comunista, quando este foi preso pela PIDE. Os mais velhos recordam o ex-ministro Rui Patrício por acentuar os ‘rrr’. Morreu a 4 de fevereiro na cidade que adotou e onde será sepultado