Política

Montenegro promete a polícias que serão "prioridade", mas diz que não pode prometer valores

O líder do PSD esteve reunido com a plataforma que reúne os polícias e guardas da GNR e garantiu-lhes que irá “acto imediato” à tomada de posse negociar com eles a “reparação” das injustiças relativas em relação à Polícia Judiciária. Montenegro disse que não adiantava valores porque precisa primeiro saber como estão as contas

TIAGO PETINGA

O presidente do PSD comprometeu-se esta tarde a iniciar negociações com polícias e guardas da GNR para um aumento do subsídio de risco se vencer as eleições legislativas e formar governo. Depois do encontro com a plataforma que reúne as forças de segurança das duas forças de segurança, Luís Montenegro deixou duras críticas ao governo PS e garantiu que irá trabalhar para reparar as injustiças que, diz, fazem sentir-se em vários setores.

Apesar do compromisso, os polícias saíram da São Caetano à Lapa sem um compromisso quanto ao valor de subsídio de risco que Montenegro está disposto a dar. O presidente do PSD deixou apenas a certeza aos representantes das forças de segurança que esta será uma “prioridade”, mas que não pode avançar valores porque primeiro precisa conhecer as contas e, disse, considera que estando em campanha eleitoral não faz sentido fazer essas promessas.

Aos jornalistas, no final do encontro, Luís Montenegro aproveitou para apontar o dedo ao Governo PS dizendo que a realidade tem mostrado que o país está “pior” do que é dito pelo PS e em “piores condições” do que era quando se iniciou a governação de António Costa. “O Governo perdeu oito anos”, disse.

Um dos setores que, diz, mostra esse facto é a agricultura. Referindo-se à manifestação que aconteceu esta quinta-feira, o social-democrata diz que o que fará é tratar “desde logo com respeito” os agricultores.

Ainda nas mesmas declarações, questionado sobre a notícia de que a dívida pública ficará nos 98,7%, Montenegro considerou que “ter contas equilibradas, é bom”, mas que “ter contas equilibradas à custa do sofrimento das pessoas” e de “não produzir riqueza, sinceramente não é uma boa performance", frisou.

Aos jornalistas, Montenegro recusou comentar o que se passa na Madeira, com a saída de Miguel Albuquerque e a escolha esta quinta-feira de um sucessor: “Estou aqui para falar sobretudo desta circunstância e da governação do país. O que está a acontecer na Região Autónoma da Madeira, acontecerá”, disse. “São os órgãos próprios que estão a tratar”, reforçou.