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Política

Portugal entrou na terceira crise política: Marcelo tem na mão mais uma dissolução e as quartas eleições num ano

Empurrado por uma investigação judicial que trespassa boa parte do centro político do governo regional, Miguel Albuquerque viu os seus apoios caírem um a um. No fim, sobrou-lhe Luís Montenegro, que apesar de não lhe ter retirado o tapete, acabaria aliviado. O país fica a partir de hoje com dois governos sem estarem em plenitude de funções e um demissionário: Marcelo tem mais uma chave na mão e pode vir aí a quarta eleição do ano (ou quinta)

Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, na Ribeira de Seiça, Figueira da Foz, esta sexta-feira
PAULO CUNHA

Primeiro foi António Costa, a reboque da investigação da Operação Influencer. Depois seguiu-se José Manuel Bolieiro, com um governo caído às mãos do Chega. Esta sexta-feira, demitiu-se Miguel Albuquerque, arguido num caso de suspeitas de corrupção que levou a polícia a entrar-lhe casa adentro. No fim, é de novo o Presidente da República a ter a chave na mão e pode vir aí mais uma dissolução no seu mandato, desta vez na Região Autónoma da Madeira, a única que lhe falta depois de ter dissolvido a Assembleia da República por duas vezes e a dos Açores, no final do ano.