As leis laborais foram um dos temas que mais dores de cabeça causaram aos partidos à esquerda durante a ‘gerigonça’. Agora, se o PS vencer as eleições e precisar do BE, o cenário pode vir a repetir-se, já que os bloquistas voltam a colocar o trabalho como um dos focos do programa eleitoral e como um dos pontos a negociar num futuro acordo com o PS. A fixação das 35 horas semanais no sector privado, a consagração na lei da semana de quatro dias, assim como o alargamento de direitos dos pais e cuidadores informais são algumas das medidas que o partido irá inscrever no programa eleitoral que será apresentado este sábado, em Lisboa.
Até aqui, os socialistas têm resistido a alterações tão profundas no mercado laboral como pede a esquerda. O BE testa assim a nova liderança de Pedro Nuno Santos, que admitiu em entrevista ao Expresso que não deve haver “mexidas constantes” nas leis laborais, mas que não fechava a porta a temas ligados à precariedade. As dificuldades podem estar à espreita, no caso de uma vitória da esquerda a 10 de março.
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