“Há um mês, parti sozinho para esta candidatura.” Foi assim que José Luís Carneiro respondeu, já como derrotado, aos jornalistas que o esperavam no Largo do Rato, para onde fez questão de se dirigir na reta final da noite, para fazer uma curta declaração política aos militantes e ao país. E se começou sozinho a candidatura, anunciada ali mesmo na sede socialista, a 10 de novembro, no fim de uma reunião da comissão política do PS, foi também praticamente sozinho que chegou à sede nacional do partido para um toca e foge. Não esperaria por Pedro Nuno Santos para formalizar o abraço da união, mas foi essa a mensagem que passou: cabe ao novo líder assegurar o “pluralismo” do PS e “integrar” a candidatura adversária no partido que se ergue a partir daqui.