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Costa tenta acelerar cheque do PRR e o trunfo de sair com a dívida abaixo dos 100%

António Costa quer que a dívida pública fique já este ano abaixo dos 100%, antes de deixar o cargo e antes das eleições. E tenta que Bruxelas acelere a transferência da nova tranche do PRR, uma negociação feita à margem do Conselho Europeu. Em Bruxelas, Costa ouviu o apoio dos Socialistas Europeus e mantém portas abertas. Não vai ser fácil chegar a um cargo de topo, mas deixa claro que não quer Belém

OLIVIER HOSLET

As reuniões do Conselho Europeu, já se sabe, não são só para decidir o que está na agenda. São também o lugar ideal para os líderes falaram cara a cara e fazerem mexer outros temas da máquina europeia. Desta vez, António Costa trazia um objetivo em mente: acelerar a chegada aos cofres do Estado da terceira e da quarta tranches do PRR, no valor de 2,6 mil e seiscentos euros. E conseguir que a transferência seja feita antes do final do ano.

O calendário é apertado. A Comissão Europeia fez já uma avaliação positiva do cumprimento de mais 44 metas e marcos. Só que essa avaliação, anunciada na quarta-feira, tem ainda de ser validada pelos Estados Membros, no Comité Económico e Financeiro. O CEF tem quatro semanas para o fazer e devolver o assunto à Comissão, que adota a decisão final e faz a transferência. Com o natal pelo meio, torna-se mais difícil fechar tudo até 31 de dezembro.