Sem esfera armilar. Sem castelos. Sem quinas. A simplicidade da nova identidade visual da República Portuguesa, pela qual o Governo pagou 74 mil euros ao estúdio do designer Eduardo Aires, tem sido alvo de várias críticas, vindas principalmente da direita. O presidente do PSD, Luís Montenegro, já garantiu que, caso seja eleito primeiro-ministro, o seu executivo deixará de usar esta imagem que faz “sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de sofisticação”. Já André Ventura acusa o Governo de querer “destruir” a história e os símbolos nacionais, garantindo que o Chega não vai deixar que isso aconteça. Também Nuno Melo, líder do CDS, diz que o novo símbolo é “ridículo e criminoso”.
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Autor da nova imagem do Governo: “Confundir a bandeira com a imagem do Governo é um discurso intencional. Tornou-se uma arma de arremesso”
O designer Eduardo Aires, criador da nova imagem da República Portuguesa, explica ao Expresso que “a identidade visual de um Governo não deve confundir-se com a bandeira de um país”, acrescentando que a renovação gráfica “não compromete” os símbolos nacionais