Luís Montenegro recusa passar um cheque em branco a António Costa sobre o TGV. O líder do PSD quer primeiro ter a certeza de que é indispensável lançar em janeiro o concurso para o primeiro troço da Ligação Porto-Lisboa, sob pena de se perderem €750 milhões de Bruxelas. Em Bruxelas, assinala-se que neste caso os fundos dependem do mérito e da maturidade da proposta.
Em cima da mesa está o lançamento do concurso para o primeiro troço da nova linha de alta velocidade entre Lisboa-Porto. O projeto deverá custar €4,9 mil milhões até 2030, mas António Costa contava ir buscar 750 milhões ao Mecanismo Interligar a Europa (Connecting Europe Facility). O fundo destina-se a financiar redes de transportes e de energia mais ecológicas e sustentáveis e é gerido em Bruxelas. Ou seja, não há envelopes garantidos, nem predestinados aos países, os Estados-membros têm de vencer pelo mérito. Uma lógica diferente dos fundos de Coesão ou do PRR.