Pedro Nuno Santos apresentou esta manhã a moção de orientação estratégica com que se candidata a secretário-geral do PS, nas eleições do próximo dia 15 e 16 de dezembro, e defendeu uma grande aposta nas empresas como motor de uma economia mais forte, menos assente nas importações. Segundo o candidato e ex-ministro, “há muita coisa que queremos continuar” em relação ao programa de Governo, mas também há muita coisa que Pedro Nuno Santos quer mudar, prometendo um “novo impulso”.
“Há problemas que carecem de resposta, desde logo no acesso a certos serviços públicos, à habitação e em matéria salarial e de pensões”, disse aos jornalistas, afirmando que o “esforço que foi feito nos últimos oito anos” para melhorar o salário mínimo nacional é para continuar. Mas sem uma meta definida, ao contrário de José Luís Carneiro que quer ver o salário mínimo nacional aproximar-se do de Espanha nos próximos quatro anos. “Não temos meta estabelecida porque entendemos que essas metas devem ser trabalhadas com organizações e empresas”, diz.
Em termos de pilares em que assenta a moção, Pedro Nuno Santos escolhe a aposta nas empresas. “Muitas das nossas prioridades assentam num grande objetivo que é desenvolver a nossa economia, apostar no investimento na ciência e investigação e na transferência desse conhecimento para as empresas. Queremos reduzir a importação, para que as nossas empresas consigam produzir mais e melhor e, com isso, termos uma economia mais forte”, diz.
Além disso, o candidato estabelece também a saúde e a habitação como prioridade, bem como a mobilidade sustentável a melhor atração de quadros para a Administração Pública. “O Estado tem de ter capacidade de reter quadros qualificados”, afirma Pedro Nuno Santos.
Questionado sobre se também quer avançar com referendo à regionalização, como pede o seu adversário na corrida interna, Pedro Nuno diz que sim, e, com a autarca Luísa Salgueiro ao lado, lembra o título da sua moção: “Portugal inteiro”. “Não queremos um país que se esqueça das várias regiões do país. A regionalização é um instrumento muito importante para empoderar as regiões”, afirma ainda.