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Política

"Não é não": PSD recusa Chega, mas sem hostilizar

Sem nunca mencionar o Chega, PSD vincou que o “não” é mesmo “não”, porque é os moderados do centro que Montenegro quer conquistar. Congressistas, contudo, deixaram recados: é preciso não hostilizar os eleitores que fugiram para a direita radical. “Dizer que há partidos não democráticos é uma estupidez”, ouviu-se na sala

Ana Baiao

“Não é não”, disse Luís Montenegro no rescaldo das eleições na Madeira, depois de ter mantido o tabu durante mais de um ano desde que chegou à liderança do PSD. Tardou mas a linha vermelha ao Chega apareceu. “Nunca é tarde para boas notícias”, diria esta tarde em entrevista à SIC o vice-presidente social-democrata Paulo Rangel, sublinhando que foi importante o líder do PSD ter feito a demarcação final e definitiva quando ainda não havia eleições antecipadas no horizonte. Assim, disse, ninguém pode dizer que foi uma “declaração interessada”.

O ‘não’ ao Chega foi ponto assente nos discursos políticos que decorreram esta tarde no congresso do PSD, até porque a narrativa montada para este dia 25 de novembro assentava na “moderação” do PSD contra o “radicalismo” do PS de Pedro Nuno Santos.