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Em tom de despedida, Costa apela à continuação do "milagre", mas com mais força e "nova dinâmica"

A inaugurar uma nova residência estudantil da Universidade de Lisboa, projeto do PRR, António Costa fez a apologia do trabalho feito até aqui e deixou recados para os governantes que estão para vir: não desperdicem o percurso (apelidado de “milagre” pelo Nobel Paul Krugman), mas deem-lhe “nova força” e “nova dinâmica”

CARLOS M. ALMEIDA/Lusa

Até 2026 (e em alguns casos até 2030) há metas e projetos do PRR para pôr a andar. E mesmo que António Costa, Mariana Vieira da Silva e todo o governo que negociou o Plano com Bruxelas esteja de malas feitas para sair, nada pode ser desperdiçado. O alerta foi dado esta sexta-feira por António Costa na inauguração do primeiro de três edifícios da nova residência estudantil da Universidade de Lisboa, dando sinais de que, mesmo prestes a entrar em gestão corrente, o Governo não vai deixar de aprovar os projetos do PRR que aguardam carimbo. Paul Krugman, Nobel da Economia, chamou-lhe esta semana o “milagre económico português”, e Costa, que não é crente, chamou-lhe outra coisa: esforço feito que não deve ser desperdiçado.

“O prémio Nobel da Economia que na semana passada nos visitou disse que o crescimento económico em Portugal parecia uma espécie de milagre. Talvez por não ser crente, eu diria que não é por milagre, mas porque há um conjunto de fatores que o país percorreu ao longo das últimas duas décadas que nos permitiu chegar onde estamos hoje”, disse o primeiro-ministro, apelando a que o trajeto continue a ser prosseguido - mas agora com uma “nova força” e uma “nova dinâmica”.