A aguardar resposta do primeiro-ministro ao veto do decreto governamental sobre a venda da TAP, o Presidente da República avisa, no decorrer da sua visita à Moldova, que o processo “já foi confuso demais" e que a partir de agora terá de ser “tudo certinho”.A sua decisão, sabe o Expresso, está tomada. Marcelo não promulgará um diploma do Governo que seja “um cheque em branco à negociação direta" de venda da companhia aérea.
“A questão principal é esta", explicam na Presidência: "o decreto do Governo não é mais do que um cheque em branco à negociação direta”, e o Executivo é acusado de querer “primeiro, fazer o negócio e só depois definir as regras”. Como exemplo do que Marcelo considera essencial clarificar apontam em Belém “o quadro de percentagem a alienar” pelo Governo a privados, os “poderes que o Estado pretende garantir no acompanhamento do processo”, a "inclusão ou não da TAP/SGPS" (onde está alocada a dívida da companhia) no processo de venda", e o mesmo é válido para o futuro da Portugália.