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Política

Do mal o menos para o PS: não há candidatos presidenciais óbvios para ninguém

Vai tudo depender do estado em que PS e PSD chegarem a 2025. Ciclo eleitoral começa agora

JOSE SENA GOULAO

Candidatos óbvios, óbvios, na área política do PS só há dois: António Guterres, cujo mandato como secretário-geral da ONU termina já depois das presidenciais, e António Costa, que tem dito “nunca, jamais” a Belém. “Só um destes seria suficien­temente forte para retrair as pretensões de todos os outros”, comenta ao Expresso uma fonte socialista sobre o tema que agitou a semana política. São vários os nomes que os socialistas vão atirando para cima da mesa, de Augusto Santos Silva a Mário Centeno, passando por Ana Gomes ou Carlos César. Mas a ordem é para deixar a direita entreter-se sozinha: “Isso é problema deles.” Para já. É que, desta vez, o PS arranja conforto num indício favorável à partida: nem a direita tem um candidato “óbvio”. O problema é partilhado e tudo vai depender da conjuntura e do estado em que ambos os partidos cheguem ao ano de 2025. Começa agora a maratona eleitoral decisiva e há pelo menos quatro eleições antes das presidenciais.

“Temos zero interesse em antecipar essa questão, decidimos quando tivermos de decidir. Não somos nós que temos uma liderança que precisa de ser pressionada ou que pode cair em mãos alheias em vésperas de eleições”, diz ao Expresso outra fonte, lembrando que nenhum dirigente do partido foi a público comentar a mais recente manobra de diversão da temporada — e o secretário-geral-adjunto João Torres, diga-se, tem estado de serviço a comentar todas as acusações políticas que o PSD fez ao PS e ao Governo neste mês de agosto —, do IRS à habitação.