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Política

Bloco enfrenta rentrée com “alento extra” graças a avaliação positiva de Mortágua e aumento de adesões

Nas últimas sondagens, Mariana Mortágua surgiu com a melhor avaliação entre os líderes políticos. A habitação, a saúde e o trabalho foram os temas escolhidos para a primeira rentrée de Mortágua como coordenadora do Bloco

NUNO BOTELHO

É numa curva positiva que o Bloco de Esquerda se prepara para o arranque do novo ano político. Pela primeira vez, os bloquistas assentam pouso em Viseu para apresentar as “prioridades” do partido no Fórum Socialismo, dias 8, 9 e 10 de setembro. Menos de dois meses antes, foi divulgada uma sondagem da Universidade Católica Portuguesa que colocou Mariana Mortágua como a líder política com a melhor avaliação – 68% de avaliações positivas pelos portugueses, ultrapassando os 65% de Luís Montenegro e os 62% de António Costa. “Ter a Mariana Mortágua como coordenadora dá um alento extra para o Bloco passar a sua mensagem e é sempre satisfatório perceber que as pessoas reconhecem essa força”, disse ao Expresso Adriano Campos, dirigente do partido.

Esta prestação positiva de Mariana Mortágua nos pouco mais de três meses de liderança contribuiu para um aumento da mancha bloquista. “É um facto que a Convenção [onde Mortágua foi eleita como sucessora de Catarina Martins, em maio] deu um alento extra à militância do Bloco e à sua organização e isso vê-se nos números de novas adesões: mais de 300 pessoas juntaram-se ao partido desde então”, avançou Adriano Campos. Contudo, o dirigente recusou responsabilizar apenas a mudança de liderança pelas conquistas bloquistas. “Também está muito relacionado com os temas centrais da intervenção do Bloco, desde logo nas questões da habitação. É a confirmação de que o partido defende posições razoáveis no que diz respeito à vida das pessoas, no salário, no combate à inflação e na forma como se deve enfrentar esta forma pantanosa de governação [do PS]”.