A reunião do Conselho de Estado da última sexta-feira acabou às 19h45, mas não foi interrompida pelo voo de António Costa - o primeiro-ministro tinha ainda hora e meia até apanhar o avião a caminho da Nova Zelândia e ainda sugeriu que teria tempo para, num par de minutos, rebater as criticas a que fora sujeito. Mas Marcelo achou que não: não só porque 4 horas de intervenções duras mereciam resposta mais demorada do chefe de Governo, como porque a sua intervenção final seria, também ela, longa - mais longa do que os habituais 10/15 minutos com que habitualmente encerra estes encontros. Por isso acabou por ser o chefe de Estado a atirar o fecho do encontro para setembro, já na rentrée, deixando em banho-maria a situação política.
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Marcelo adiou fecho do Conselho de Estado porque tinha muito a dizer
Marcelo sabia que Costa ia voar para longe e as críticas de Cadilhe prolongaram a reunião, mas acabou por adiar a conclusão do Conselho de Estado porque o discurso que tinha preparado era mais longo do que o habitual - e não quis que o PM respondesse em dois minutos. O Presidente gostou do que ouviu antes (a antítese do debate do Estado da Nação). E só tem pena que Montenegro não estivesse lá para tirar notas. Em setembro, a nova reunião terá um segundo tema, um clima menos quente em cima, mas ainda um quê de pressão sobre Costa. O PS desvaloriza