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Política

Montenegro assinala “o momento do canto do cisne” do Governo e garante: “Estamos preparados para tudo”

O PSD foi o último partido da oposição a reagir ao que descreve como “um jogo de oportunismo e teatro político”. Só no dia seguinte à demissão de Galamba recusada por Costa, Luís Montenegro acusa o primeiro-ministro de “tentar provocar eleições antecipadas sem ter coragem de o dizer”. Quanto ao seu partido, não as pede mas também não as recusa

TIAGO MIRANDA

Luís Montenegro já provou por diversas vezes que a sua comunicação política não segue o calendário normal, ou até expectável, para a maioria das pessoas. Tem-no feito com a demarcação do seu PSD relativamente ao Chega, lenta mas em crescendo, e volta a fazê-lo no dia seguinte à demissão do ministro João Galamba que o primeiro-ministro não aceitou. Quando toda a oposição falou na noite de terça-feira, o presidente social-democrata esperou pelo dia seguinte para comunicar ao país que o seu partido não pede eleições antecipadas, mas também não as recusa. E para acusar António Costa de, na véspera, ter tentado acelerar o calendário eleitoral.