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Política

Nova líder do Bloco vai ter de aprender a “criar empatia”

Já foi deputada-estrela, mas também arrepia parte do eleitorado. Mariana na frente para suceder a Catarina Martins

Mariana Mortágua, com Pedro Filipe Soares, debateu sobre criptomoedas numa das sessões mais concorridas da rentrée do Bloco de Esquerda
Rui Oliveira

Figura aclamada no partido, reconhecida fora dele, aprecia­da por uma parte do eleitorado, com competências técnicas e de oratória, e um percurso cívico anterior à chegada ao Bloco de Esquerda. Além de uma “grande capacidade de trabalho”. É fácil para os bloquistas enumerar o que Maria­na Mortágua tem, e o que faz dela uma boa solução para o pós-Catarina Martins. O que Mariana não tem, “aprende-se”, acreditam agora.

“É preciso rua, é preciso empatia”, características que fizeram de Catarina uma líder marcante e não são fáceis de replicar, concede Fernando Rosas, um dos históricos do Bloco. “A Catarina aprendeu muito depressa. O futuro ou a futura coordenadora já terá treino parlamentar razoável, mas vai ter que aprender que [a luta] não é só no Parlamento. Isso adquire-se, e a transversalidade também”, acrescenta.