Logo na segunda-feira em que foi divulgado o relatório da Comissão Independente, numa missa nos arredores de Lisboa, o padre foi direto ao tema do dia: há de haver quem venha com explicações sociológicas e perspetivas históricas, mas a Igreja tem de olhar de frente para este relatório e fazer tudo para que nem mais um abuso aconteça.
Há ainda, mesmo dentro da hierarquia da Igreja, quem lamente que a Conferência Episcopal tenha tido a iniciativa de criar esta comissão. Mas também há muitos que, na hierarquia e fora dela, se empenham para que sejam introduzidas mudanças na forma de ser e de estar da Igreja no mundo (ver pág. 10) e pressionam para que “o silêncio não volte a imperar”, como diz o manifesto lançado por um grupo de cristãos que está a organizar vigílias em várias cidades do país. No início de março, os bispos vão ter uma reunião extraordinária para refletir sobre este relatório e discutir o que fazer a seguir.