Política

Rui Tavares apela ao fim de "impunidade" e "encobrimento" de abusos na Igreja Católica

“Não podemos falhar a quem teve de relembrar o trauma e temos de fazer tudo para que mais ninguém tenha de passar pelo que passaram. Fim à impunidade, fim ao encobrimento e fim aos abusos tem de ser a nossa missão”, escreveu o deputado do Livre

O deputado único do Livre, Rui Tavares, defendeu esta segunda-feira o “fim à impunidade, ao encobrimento e aos abusos” na Igreja Católica, considerando que tudo tem que ser feito para que mais ninguém passe por uma situação semelhante.

“Não podemos falhar a quem teve de relembrar o trauma e temos de fazer tudo para que mais ninguém tenha de passar pelo que passaram. Fim à impunidade, fim ao encobrimento e fim aos abusos tem de ser a nossa missão”, escreveu o deputado do Livre, na sua conta na rede social ‘Twitter’.

Na opinião do historiador e parlamentar do Livre, “hoje, mais do que nunca, com a leitura do relatório da comissão independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica, fica evidente a coragem das pessoas que relataram aquilo por que nunca deveriam ter passado”.

A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica recebeu 512 testemunhos validados relativos a 4.815 vítimas desde que iniciou funções em janeiro de 2022, anunciou hoje o coordenador Pedro Strecht, que referiu ainda que esta comissão enviou para o Ministério Público 25 casos.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou hoje que o relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja “exprime uma dura e trágica realidade: houve, e há, vítimas de abuso sexual provocadas por clérigos”.

“Pedimos perdão a todas as vítimas: às que deram corajosamente o seu testemunho, calado durante tantos anos, e às que ainda convivem com a sua dor no íntimo do coração, sem a partilharem com ninguém”, acrescentou.