As investigações da chamada Operação Lava Jato no Brasil só começariam em março de 2014, mas, um ano antes, antes da Copa das Confederações de junho de 2013, o país já tinha iniciado uma onda de maciços protestos contra os elevados custos do Mundial de Futebol que aconteceria no ano seguinte e a favor de redirigir essas despesas para prioridades como melhores serviços públicos. Por isso, quando o Papa Francisco, eleito apenas quatro meses antes, visitou o Rio de Janeiro, entre 22 e 28 de julho de 2013, a utilização de dinheiros públicos já estava na ordem do dia. Foi a primeira JMJ de Francisco, o papa latino-americano a visitar ao país com mais católicos no mundo.
Passados seis anos, no Panamá, entre 22 e 27 de janeiro de 2019, o Papa fazia a sua primeira visita a um país da América Central ao qual chegaram as investigações anticorrupção da Lava Jato brasileira. A construtora brasileira Odebrecht tinha admitido pagar 60 milhões de dólares em subornos ao governo do Presidente panamenho Ricardo Martinelli (2009-2014), preso também por espionagem política.