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Política

Quando os católicos se opuseram ao regime: vigília pela paz regressa à capela do Rato

Esta quinta-feira, na Igreja de São Domingos, é inaugurada uma exposição invocativa dos 50 anos da vigília da Capela do Rato. Na altura, os católicos fizeram oposição clara ao Estado Novo e apelaram ao fim da guerra colonial, pagando o preço da prisão pelo ato ‘subversivo’. Meio século depois, os apelos à Paz continuam a ser válidos. E vão regressar ao Rato

Marcelo Rebelo de Sousa inaugura, esta quinta-feira às 15 horas, a exposição evocativa dos 50 anos da Vigília pela Paz na Capela do Rato que ficará instalada na Igreja de São Domingos (junto ao Rossio). Começam, assim, as celebrações daquela que foi uma das maiores ações de protesto contra o Estado Novo e que levou à prisão de dezenas de católicos - entre eles três padres- que fizeram questão de levantar a voz contra a guerra colonial.

O gesto de protesto realizado há 50 anos, na pequena capela do Rato foi integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de abril, precisamente por representar uma das primeiras grandes manifestações públicas de contestação contra o regime do Estado Novo, que viria a tombar, finalmente, com a revolução dos cravos.