Mesmo com a posição inédita contra a “tradição constitucional” de aprovação dos pedidos de deslocação oficial do Presidente da República ao estrangeiro do votos contra de Livre, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, PAN e quatro deputados do PS, Marcelo Rebelo de Sousa vai mesmo ao Catar, para o Mundial de futebol, assim como António Costa e Augusto Santos Silva. Esta decisão, votada esta terça-feira durante a votação em especialidade do Orçamento de Estado para 2023, vem confirmar as intenções que PS e PSD já vinham a reiterar ao longo dos últimos dias. A lei que coloca a ida de Marcelo ao Catar – e todas as outras “ausências de território nacional”, exceto se for “sem carácter oficial” e “de duração não superior a cinco dias” – na mão dos partidos com assento parlamentar não é nova. Aliás, está consagrada na Constituição há dois séculos, tendo a sua origem no documento de 1822.