Embora a troca de farpas entre António Costa e Carlos Costa continue intensa, por conta das declarações do ex-governador que constam no livro “O Governador”, o silêncio impera nas altas instâncias que foram, direta ou indiretamente, envolvidas. Nem o Banco Central Europeu nem a Procuradoria-Geral da República responderam se estão a abrir investigações por conta do duelo entre ex-governador e primeiro-ministro. Mário Centeno também tem sido enigmático e pouco diz sobre o tema.
O Banco Central Europeu não quis comentar o facto de um antigo governador de um banco central do euro, que teve assento no conselho em que se reúnem todos os governadores por dez anos, ter acusado de interferência política o primeiro-ministro. Não comentou se alguma vez ali chegou alguma queixa do Banco de Portugal sobre o tema. A assessoria da autoridade bancária europeia não respondeu, também, sobre se vai abrir alguma investigação sobre este assunto.