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Marcelo esfria confiança de Medina: “Não sabemos como será”, “se o Governo não tiver razão, eu estou atento”

Presidente diz que o Governo foi “talentoso” a aproveitar a “almofada orçamental de 2022” para “satisfazer reivindicações imediatas”. O resto são “boas intenções no médio prazo” mas hoje “o médio prazo é um longuíssimo prazo”. Menos “otimista” do que Costa no que toca à inflação, Marcelo antevê um Governo forçado a “navegar à vista da costa”

Marcelo e Costa nas cerimónias do 5 de outubro. Horas depois, ambos saudaram inclusão da Ucrânia na candidatura ibérica ao Mundial 2030
TIAGO MIRANDA

“As previsões do Governo são mais otimistas do que as que eu tinha. Não há nada como esperar para ver”, afirmou o Presidente da República esta segunda-feira, num primeiro comentário ao Orçamento de Estado para 2023, horas antes apresentado pelo ministro das Finanças.

Numa longa declaração aos jornalistas em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa retirou garantias de durabilidade a médio prazo ao “compromisso” apresentado pelo ministro das Finanças para quatro anos, alertando que “este é um OE com muitas imprevisibilidades” e que o Governo está condenado a “fazer a navegação possível à vista da costa”.