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Macron "agora está na fase do não, esperamos que rapidamente volte à fase do sim", diz Costa

Presidente francês alega questões ambientais para recusar construção do gasoduto dos Pirenéus. Primeiro-ministro português confiante de que haverá acordo dentro de duas semanas para apoiar empresas com mais elevados aumentos dos custos com energia para evitar recessão

António Costa e Ursula von der Leyen
FILIP SINGER/EPA

Todos os líderes europeus concordam que não devem estar dependentes apenas de um ou dois fornecedores de energia, todos percebem que a Península Ibérica é a região que tem “maior capacidade” de receber e transformar energia, "porque tem os portos mais próximos dos principais fornecedores de gás natural, e vantagens comparativas muito grandes", mas há uma barreira nos Pirenéus que continua a fazer de Portugal e Espanha uma ilha energética que não tem como chegar ao resto da Europa. Essa barreira continua a ser mantida pelo Presidente francês que alega questões ambientais para se opor à construção de um gasoduto naquela cadeia montanhosa. Ainda assim, António Costa tem esperança.

O Presidente francês “agora está na fase do não, esperamos que rapidamente volte à fase do sim”, disse o primeiro-ministro português na conferência de imprensa do conselho europeu informal que decorreu em Praga. “Compreendermos as preocupações que a França tem apresentado de preservar os valores ambientais dos Pirenéus. Mas é preciso encontrar o equiilibrio entre a preservação dos valores ambientais que têm de ser preservados e a necessidade de autonomia da Europa” em termos de fornecimento de energia, insistiu António Costa.