Os grupos de interesse são um ator político relevante e não é rejeitando ou desconsiderando que eles existem que a sua atuação fica reduzida. Esta é uma das ideias-chave de “Os Grupos de Interesse no Sistema Político Português”, o mais recente capítulo da coleção Estudos da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), sob a coordenação do professor e investigador Marco Lisi. O estudo propõe-se responder se os grupos de interesse representam um mal para a democracia ou, pelo contrário, se podem ser um instrumento benéfico. A questão fica, no entanto, em aberto, uma vez que “a ação dos grupos reflete, em grande medida, as divisões e os conflitos presentes na sociedade”.
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Grupos de interesse são “mal necessário” e instrumento de controlo “além do momento eleitoral”
O sector financeiro é o mais permeável aos grupos de interesse, as ordens profissionais estão a substituir os sindicatos e os governantes são “o alvo preferencial” dos interesses organizados – estas são algumas conclusões do estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que alerta para “a captura dos legisladores por interesses privados”