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Política

Governo pressiona Ordem para formar mais médicos

Ao fim de uma semana de notícias de Urgências encerradas ou condicionadas, o Governo apresentou um plano em que a gestão dos partos passa a ser feita como foram geridos os cuidados intensivos na pandemia

A ministra da Saúde tem esta sexta-feira um debate de urgência no Parlamento sobre “o caos instalado nos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia”
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Governo quer aumentar a formação de médicos em várias especialidades e diz que o quer fazer “em articulação” com a Ordem dos Médicos (OM), mas está disposto a abrir um conflito se for necessário, numa batalha que se joga em duas frentes: a governamental e a parlamentar. A pressão já começou com a ministra da Saúde a admitir recorrer à formação no estrangeiro para médicos portugueses de forma a colmatar as faltas em várias especialidades.

Essa foi uma das medidas anunciadas por Marta Temido, na conferência de imprensa de quarta-feira à noite, para anunciar o plano de contingência para o verão e as medidas de médio prazo para tentar ultrapassar os problemas que marcaram a última semana, sobretudo na área das urgências pediátricas, com vários serviços encerrados ou condicionados por falta de profissionais.