"A vida aí está a comprovar a justeza" da decisão do PCP de chumbar a proposta de Orçamento de Estado para 2022. E mesmo se isso abriu uma crise política, provocou novas eleições e reduziu para metade a bancada dos comunistas, a verdade é que o comité central não reconhece qualquer falha na estratégia política. Os problemas nacionais agravaram-se, é certo e os comunistas assumem-no, mas só porque "o Governo PS recusa as soluções que poderiam assegurar uma resposta global aos problemas nacionais". Ou seja, "a realidade nacional traduz uma situação marcada por crescentes dificuldades no plano económico e social" porque os socialistas se recusaram a aceitar as propostas do PCP.
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PCP recusa 'mea culpa' e reafirma tudo o que fez e disse
Comité central dos comunistas esteve reunido para reafirmar todas as posições do último Congresso e até as que lhe seguiram. O chumbo do OE continua a ser visto como "justo" e a posição oficial sobre a Ucrânia é repetida, condenando todas as sanções aplicadas à Rússia e repudiando, tanto o imperialismo dos EUA como a colagem do Governo do PS a Zelensky. Novidades? Só mesmo a subida de Paula Santos na hierarquia e a convocatória para uma Conferência Nacional sobre debater o estado da nação.