Há um mês, quando Pedro Adão e Silva foi promovido a ministro da Cultura, António Costa já tinha falado no nome de Maria Inácia Rezola ao Presidente da República para o substituir à frente da estrutura de missão para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A opção pela professora e historiadora, com vários livros publicados sobre o período revolucionário — e que já colaborava informalmente com a comissão executiva —, foi vista em Belém como óbvia. “A nomeação é do Governo, mas é evidente que é uma solução que representa continuidade da programação existente”, diz ao Expresso Marcelo Rebelo de Sousa.
Se a historiadora passa a ocupar o cargo executivo responsável pelas celebrações até 2026, a presidência da Comissão Nacional das Comemorações — de onde Ramalho Eanes se demitiu por divergências com a Associação 25 de Abril — continuará a ser ocupada por Marcelo Rebelo de Sousa por tempo indeterminado. Belém não tem pressa de encontrar tão cedo outro nome para substituir o antigo Presidente da República, apesar de Pedro Adão e Silva ter chegado a dizer que Marcelo estava só à espera que o novo Governo fosse nomeado para encontrar um substituto.