Política

Voluntários que vão combater para a Ucrânia são “uma realidade em que o Estado não se imiscui” diz o Presidente

Em Maputo, onde termina este domingo a sua terceira visita oficial, Marcelo Rebelo de Sousa recusou-se a comentar os casos de Mário Machado e dos desacatos entre polícias e fuzileiros na noite de Lisboa

O Presidente prestou homenagem em Maputo aos militares portugueses que morreram entre 1918 e 1975
Foto: JOSÉ COELHO/LUSA

A ida voluntária de portugueses para combater na Guerra na Ucrânia tem “enquadramentos diversos” e é uma “realidade em que o Estado não se imiscui”. As palavras são do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Maputo, onde termina este domingo a sua terceira visita oficial a Moçambique.

Questionado pelos jornalistas, primeiro, sobre o âmbito geral dos voluntários portugueses que vão combater na Ucrânia, Marcelo respondeu com a teoria da não intervenção do Estado português nessa questão.

Perante a insistência do Expresso sobre a questão da autorização judicial a Mário Machado para ir combater, libertando-o das obrigações de apresentação regular as autoridades, o PR insistiu na tese. “Isso é o poder judicial, não é o Estado, não é o Presidente, nem a Assembleia, nem o Governo”, respondeu o mais alto magistrado da Nação.

Quanto à decisão judicial em concreto, Marcelo não respondeu. Tal como não quis comentar as agressões a quatro polícias junto a uma discoteca, em Lisboa, alegadamente por um grupo de fuzileiros. “Não me pronuncio sobre casos concretos judiciais ou para-judiciais”, afirmou Marcelo em declarações aos jornalistas, junto ao Hotel Polana, onde fez o balanço da visita a Moçambique