A dada altura, numa campanha eleitoral sente-se entre o staff a dinâmica de vitória ou de derrota. Em 2015, na parte final da campanha eleitoral, os socialistas faziam contas e a dúvida instalava-se. A preocupação foi confirmada pelos resultados: o PS não foi o mais votado. Seis anos depois, é quase o mesmo sentimento que começa a percorrer as hostes socialistas, ainda que com diferenças de relevo e com um mês para virar o tabuleiro. Desta vez, e apesar de os estudos de opinião, internos e externos, terem mostrado uma aproximação crescente do PSD, o PS acredita que vencerá as eleições mesmo que por pouco. Caso não aconteça, o que farão é remetido para o pós-Costa, e, para já, os putativos sucessores guardam jogo.
Por agora, querem apenas mostrar unidade e chancelam a estratégia do líder: a escolha nestas eleições “é entre António Costa e Rui Rio”, vão dizendo. E isto significa que até ao pós-eleições tentarão não destoar, seja Pedro Nuno Santos, Fernando Medina ou Ana Catarina Mendes. Serão peças-chave na campanha, mas não se querem comprometer à partida com o que farão em caso de derrota.