É um congresso realizado a contragosto após uma decisão do Tribunal Constitucional. É também a primeira reunião magna do Chega na sequência das primeiras eleições diretas em que André Ventura teve um opositor para a liderança. E ainda o primeiro congresso pós-autárquicas em que o desempenho eleitoral dilatado de há dois meses se tem esboroado com dissidências (os 19 vereadores eleitos passaram a 18, tendo havido pelo menos mais quatro baixas entre deputados e um vogal), a detenção de um autarca e episódios bizarros. Entretanto, houve também a guerra por procuração que ameaçou deitar abaixo o Governo Regional dos Açores. Ainda assim, o presidente do Chega aposta numa reunião “pacificadora” e capaz de “mobilizar e unir o partido para as legislativas”.
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Congresso do Chega. Ventura sairá de Viseu com poderes reforçados e apelará à “unidade”, mas os críticos estarão à espreita
Dois meses depois das autárquicas e dois meses antes das legislativas, o partido volta a juntar-se na sua reunião magna. O presidente espera “um congresso com o mínimo de alterações possíveis”, mas passará a poder dissolver os órgãos nacionais, regionais e distritais, e a chamar a si a última palavra relativamente a todas as candidaturas a quaisquer eleições. No essencial, tentará que não se agudize a fratura que saiu do Congresso de maio em Coimbra, mas não é certo que esse objetivo seja alcançado