A data de 30 de janeiro ganhou força em Belém como a que mais permitirá ao Presidente da República diluir tensões em torno da marcação das eleições antecipadas.
Marcelo Rebelo de Sousa anuncia esta quinta-feira ao país a decisão de dissolver a Assembleia da República e a convocação de eleições, após ter ouvido o Conselho de Estado, onde 15 dos 17 conselheiros presentes concordaram com a dissolução e uma maioria dos que se pronunciaram sobre datas defendeu que é preciso dar tempo para que os partidos se preparem.
Horas depois, na SIC-Notícias, Pedro Delgado Alves, deputado e membro da Comissão Política Nacional do PS, flexibilizava a posição do partido (que inicialmente chegou a defender meados de janeiro) e assumia que eleições antecipadas "no mês de janeiro está dentro da razoabilidade" e mesmo "o final do mês, não sendo o ideal ... o que parece desfasado, é fevereiro". Ou seja, 30 de janeiro, uma das datas que como o Expresso noticiou no sábado era admitida na Presidência como provável (o limite seria 6 de fevereiro, isto depois de as primeiras três hipóteses analisadas no palácio presidencial terem sido 16, 23 e 30 de janeiro), permitirá ao Presidente aplacar a polémica em torno da questão.