Mais de uma centena de personalidades de diversos sectores da sociedade civil - 117 ao todo - juntaram-se para escrever uma carta aberta ao Presidente da República a defender a marcação de eleições para o início de fevereiro, em nome da "qualidade da democracia" e "igualdade de oportunidades".
O timing é certeiro: no dia em que Marcelo ouve o Conselho de Estado sobre a dissolução da Assembleia da República e um dia antes de Marcelo anunciar ao país a data que escolherá para as eleições antecipadas. O contexto, esse, também é conhecido: uma pressão quase unânime dos atuais líderes partidários para que o Presidente escolha o meio de Janeiro; uma pressão ainda maior de Rui Rio e Rodrigues dos Santos (líderes em curso do PSD e CDS) para essa mesma data - já em termos muito duros para Marcelo - e uma pressão em sentido contrário de Paulo Rangel e Nuno Melo, potenciais concorrentes às eleições internas nos dois partidos.