Coimbra virou à direita e foi prego a fundo. A “Swing Town” onde se esperava ver-se um roer de unhas até à última, nesta noite eleitoral, mostrou o reflexo do voto desde as primeiras sondagens à boca das urnas: uma vitória folgada para a megacoligação “Juntos Somos Coimbra”, composta por sete partidos e um movimento independente (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).
À cabeça, José Manuel Silva. O ex-bastonário da Ordem dos Médicos já havia sido eleito vereador em 2017. Sozinho, com o seu movimento independente “Somos Coimbra”, já tinha conseguido um bom resultado. Rui Rio fez as contas. Apoiá-lo poderia dar uma vitória generosa ao partido numa cidade com algum peso e dimensão nacional. Foi contra a decisão da concelhia do partido, que tinha escolhido Nuno Freitas para candidato, e apoiou a coligação inédita que acabou por juntar a direita para uma maioria absoluta (43,92%) de seis em 11 cadeiras para vereadores (quatro ficaram para o PS e uma para a CDU).