A pergunta não foi direta mas deu logo para perceber o que se pretendia. Questionado, em entrevista à SIC esta quinta-feira, se pode simplesmente voltar ao “quotidiano anónimo” depois das funções que assumiu enquanto responsável pela task force da vacinação contra a covid-19, o vice-almirante Gouveia e Melo respondeu: “As pessoas até podem tentar tirar-me do quotidiano anónimo, mas eu tentarei voltar a isso. Estive muito exposto nesta fase.”

Gouveia e Melo disse ainda não ter “uma veia política” — porque era isso, uma possível carreira na política, que estava implícito na pergunta — e garantiu gostar da sua profissão. “Toda a minha vida fui militar e espero acabar a minha vida profissional como militar.”

Quanto ao fim da sua missão enquanto responsável pela task force, afirmou nada saber. “Ainda não me informaram. Estou focado até ao último dia.” Quem determina o fim da missão, acrescentou, “é o poder político e as Forças Armadas”.

“Como elemento das Forças Armadas, recebo instruções para cumprir a missão. Não faço qualquer pressão para terminar mais cedo ou mais tarde”, concluiu.