Como interpretar Otelo Saraiva de Carvalho, personagem paradoxal, militar destemido, político utópico e revolucionário determinado? Certamente que não de forma parcelar. Olhar para Otelo unicamente como o estratega do 25 de abril ou, por outro lado, apenas como um símbolo do PREC ou do terror espalhado pelas FP-25 significa apreender uma visão incompleta deste homem desconcertante.
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Otelo à luz do historiador: revolucionário e polémico
"Voluntarista, um militar corajoso, político utópico e revolucionário excessivo". O historiador Lourenço Pereira Coutinho traça o perfil de Otelo, percorrendo cada passo da sua intervenção pública. Com uma certeza: excessivo foi, instrumentalizado não. "Para o bem e para o mal, conquistou um lugar na História"