Política

Restrições em Lisboa. Marcelo diz que são “uma questão sensível”, “não voltaria atrás” no confinamento mas “é o Governo que decide”

“Em relação a estas decisões é o Governo que tem poder para decidir, não é o Presidente da República”, frisou o Presidente da República, à chegada a Nova Iorque

ANTÓNIO COTRIM

“O senhor primeiro-ministro comunicou-me antes de ser tomada a decisão, mas não queria pronunciar-me aqui sobre isso”, disse Marcelo Rebelo Sousa, à chegada a Nova Iorque, à Antena 1, a propósito das novas restrições de entradas e saídas na Área Metropolitana de Lisboa.

“Eu no estrangeiro nunca comento aquilo que se passa no país”, disse o Presidente da República que, ainda assim, acabou por fazê-lo.

“É uma decisão nacional, num contexto muito específico, tentando encontrar uma solução de equilíbrio”, considera Marcelo, para quem esta “é uma questão muito sensível em que se põe a questão da solidariedade dos órgãos de soberania”.

De resto, Marcelo passa a responsabilidade para Costa: “Em relação a estas decisões é o Governo que tem poder para decidir, não é o Presidente da República”.

Ainda assim, não deixou de reiterar a mesma posição que já havia manifestado. “Tive ocasião de dizer que não voltaria atrás [no confinamento] no que depende de mim”, lembrou o PR.

Marcelo Rebelo de Sousa está em Nova Iorque a propósito da recondução de António Guterres como secretário-Geral da ONU.