À margem do encerramento da 5ª Capital do Móvel, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS, criticou o governo por ter adotado para a final da Liga dos Campeões, no Porto, um “critério contraditório e incoerente face ao que tem pedido aos portugueses”.
“Quando o governo impõe multas severas aos portugueses que desrespeitam as regras de saúde pública, quando proíbe os adeptos de participarem nos jogos de futebol das suas equipas - e este fim de semana aconteceu a final do campeonato de Rugby, em que não foram permitidos adeptos -, quando cancela e adia festivais de verão e depois permite comportamentos como aqueles a que assistimos na final da Liga dos Campeões, é inadmissível”, comentou, em declarações aos jornalistas.
A “dualidade de critérios” é “inaceitável porque o governo quando quer ser respeitado tem de comunicar bem e não pode cometer injustiças nem discriminações”, defendeu Chicão, surfando a onda de reações das últimas horas sobre o evento deste sábado na cidade do Porto.
Para o líder dos centristas, “aconteceu ainda pior no Porto o que já tinha acontecido em Lisboa”.
O Presidente do CDS-PP descarta haver qualquer responsabilidade de Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto. Entende que “a responsabilidade é exclusiva do governo” porque é dele a tutela da administração interna, bem como a responsabilidade da comunicação ao país. E essa responsabilidade tem um rosto: Eduardo Cabrita, defende, o “rosto do fracasso das políticas de administração interna no nosso país”.
“Eduardo Cabrita está constantemente fora de jogo, António Costa entende que não o deve substituir. Está na altura de os portugueses exibirem o cartão vermelho para que este ministro abandone o governo”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
Repetiu duas vezes a mensagem com gíria futebolística para defender a demissão do ministro da Administração Interna.
Acusou ainda o primeiro-ministro, António Costa, de “continuar a proteger o seu amigo Eduardo”, numa “cultura de passividade e de declarada atuação em que a culpa morre sempre solteira e não há responsabilidades políticas”.