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Política

O dia de Catarina & Cia e do adeus à geringonça

Catarina Martins, irmãs Mortágua e Marisa Matias foram as protagonistas do arranque da XII Convenção do Bloco de Esquerda. Louçã manteve a profecia de um Governo com Mariana Mortágua nas Finanças e desfez-se em elogios ao período liderado por Catarina Martins

Líder incontestada, Catarina Martins marcou o passo do primeiro dia de Convenção. E é um passo desencontrado com o ex-parceiro PS
Rui Duarte Silva

A geringonça morreu, paz à sua alma. Este sábado, Francisco Louçã até disse que o PS a matou nas legislativas de 2019, “depois de não ter conseguido o poder absoluto” e de ter recusado “um compromisso para quatro anos”. Mas o que se ouviu neste primeiro dia completo da XII Convenção do Bloco de Esquerda, em Matosinhos, foram as principais vozes da atual liderança a marcar o afastamento. Se dúvidas houvesse, Catarina e companhia trataram de deixar o horizonte político um bocadinho mais claro.

A coordenadora do Bloco de Esquerda foi a primeira a falar e a marcar o compasso. Dividindo o discurso entre as dificuldades provocadas pela pandemia e o ataque ao Governo de António Costa, não poupou nas palavras: “Nada foi mais importante para o PS do que atacar a esquerda”, o PS não fez outra coisa em 2019 se não “exigir uma maioria absoluta e combater a esquerda”. A cordialidade das críticas da última Convenção ficou mesmo em 2018. Amigos como dantes? “Não optamos pelo ressabiamento.” Mas os caminhos já não se cruzam. “É a escolha do PS, nós abriremos outra porta.