André Ventura já não se contenta com um segundo lugar nas presidenciais, à frente de Ana Gomes. “Quero ter mais do que a esquerda toda junta e devolver a esquerda à insignificância que sempre devia ter tido”, declarou este sábado num jantar-comício no concelho de Sintra, com a presença de Marine Le Pen. A líder da extrema-direita francesa, no segundo e último dia da sua visita, disse que “Portugal está a entrar numa nova era, na modernidade política do mundo” e repetiu o epíteto que atribuíra na véspera ao líder do Chega: “Um sinal do céu”.
A presidente do Rassemblement National (RN, antiga Frente Nacional) vê em Ventura “um homem de Estado, que sabe mobilizar com talento inigualável e secar as lágrimas do seu povo”. Um homem que “fará ouvir uma voz forte na Europa”, acrescentou, deixando um apelo aos “amigos portugueses”: “Reflitam antes de deixarem que isso aconteça”, isto é, que aconteça “uma imigração planetária incontrolável que vai arruinar as nossas economias”. O combate é “difícil e exigente”, “sabemos qualquer coisa sobre isso em França”, afirmou, mas “esta paixão pela pátria conduzirá à vitória”.