Política

Marques Mendes sobre Eduardo Cabrita: "Em política o ridículo mata e este ministro suicidou-se"

Comentador critica atuação do ministro da Administração de Interna, mas também a falta de liderança do primeiro-ministro na gestão do tema do SEF. E considera "inqualificável" o diretor da PSP pronunciar-se sobre o futuro do SEF

Luís Marques Mendes não tem dúvidas: o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, "não tem condições para continuar em funções", uma vez que sobre o SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras "agiu tarde e a más horas" - foi o segundo ministro de cuja demissão falou neste comentário, o outro foi Pedro Nuno Santos.

"Já está a ser criticado por toda a gente, incluindo do seu partido. Em política o ridículo mata e este ministro suicidou-se", afirmou Marques Mendes no seu espaço semanal de comentário na SIC.

Marques Mendes criticou a postura e declarações de Eduardo Cabrita esta semana no final de uma reunião de Conselho de Ministros. "O ministro vangloriou-se e ele é que esteve mal. Um ministro que atua desta maneira deve ser posto na rua", defendeu o comentador político.

Mas Luís Marques Mendes também apontou o dedo ao primeiro-ministro, António Costa, notando que "tem enormes responsabilidades", já que "durante nove meses, que se saiba, não fez nada". "O primeiro-ministro aqui não liderou. Não chega ter habilidade, é preciso ter capacidade de liderança", referiu.

"O primeiro-ministro só tinha uma solução: substituir o ministro. Optou por defender um amigo", acrescentou.

No seu comentário na SIC, Marques Mendes também adjetivou como "inqualificável" o facto de o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, ter revelado este domingo os pormenores da conversa que teve com o Presidente da República sobre o futuro do SEF.

Essas declarações, em que Magina da Silva, colocou em cima da mesa um cenário de extinção da PSP e do SEF e a criação de uma polícia nacional, demonstram, segundo Marques Mendes, "a falta de autoridade do ministro". "A solução é ser substituído. Quanto mais tarde pior", reforçou o comentador.