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Ex-líder do Chega do Porto pede desfiliação imediata do partido. "Lei da rolha é intolerável"

Jorge Pires pediu o cancelamento da militância do Chega com efeitos imediatos. Requerimento de desfiliação aconteceu no dia em que André Ventura proibiu referências críticas ao partido e o agora dissidente soube que era visado num processo disciplinar "a pedido" do vice Diogo Pacheco Amorim

O ex-líder da distrital do Porto enviou à direção do Chega um pedido de desvinculação, “com efeitos imediatos”, por não concordar nem se identificar com o rumo do partido nos últimos meses. Na missiva, enviada sexta-feira, Jorge Pires refere que não procede à entrega de cartão de militante, “pois o mesmo, embora pago” nunca lhe foi entregue e agradece “resposta rápida ao seu pedido”.

A gota de água que fez transbordar a paciência do militante 915, que aderiu ao Chega há um ano e se demitiu da liderança da distrital portuense em abril após uma moção de censura da comissão política local, foi a proibição de André Ventura a todas as referências negativas na imprensa ou nas redes sociais “que causem danos à imagem” do partido e saber que era um dos visados na purga “a quem ousa discordar da direção”.