Exclusivo

Política

PCP: um partido “resiliente” a lutar para travar as perdas

PCP reduz dimensão do congresso graças à pandemia em momento-chave para o partido. Comité Central será renovado com mais jovens e mulheres

Ana Baiao

Quando Jerónimo de Sousa entrar pelas portas do Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, para falar a uma plateia de camaradas reduzida a metade e sem convidados estrangeiros (um constrangimento provocado pela pandemia), o PCP estará a poucos meses de cumprir 100 anos. Para o partido centenário, o Congresso agendado para o final deste mês marca um dos momentos mais difíceis da sua existência em democracia: um ano depois do fim da ‘geringonça’ que pôs dois rivais históricos — socialistas e comunistas — a assinar acordos para viabilizar um Governo, o PCP luta para provar que a sua “flexibilidade” tática não o prejudicou. Mas também tentará demonstrar que, em contexto de crise e de reorganização da direita, a luta comunista é mais importante do que nunca. À porta estão duas eleições determinantes: nas presidenciais será testado (mais uma vez) o homem que poderá tornar-se o próximo secretário-geral e nas autárquicas há perdas dramáticas a inverter. O drama dos comunistas no momento da reunião magna é a dificuldade em travar a tendência de perda e voltar a crescer.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.